martes, 30 de julio de 2013

Referências de Linguagem

Jean Rouch



   Uma das coisas que mais nos acompanha para as escolhas discursivas e os enfoques que serão buscados em Zaki y Zene (para que o horizonte da ficção não se restrinja a si mesmo mas que pelo contrário, se desterritorialize em outras formas) está presente nos filmes do cineasta francês Jean Rouch, e principalmente no filme "Moi, un Noir". Para além do título provocador, Rouch mete o dedo em muitas das feridas abertas na tecitura histórico-social, unindo a uma só vez rigor antropológico e agudeza do olhar. Nos seus filmes a questão da colonização dos territórios atravessa também os corpos. Ao meu ver, discute-se acima de tudo subjetividade. Interessa-me aqui a forma como ele abre o campo social desde o íntimo do campo existencial, e vice-versa. Interessa-me como ele se insere na imagem enquanto olhar, não fugindo de ser um francês - que portanto tem suas raízes no campo dos colonizadores - mas pelo contrário, justamente utiliza-se dessa afirmação de distância para devir-margem, não através de seu próprio corpo, mas pelo corpo do outro, nesse caso, dos negros imigrantes, instantaneamente ficcionalizados pela presença da câmera. Com isso, Rouch produz uma violenta quebra de padrões discursivos, ainda mais em se tratando de um assunto como esse, que corre o perigo de se tornar mais uma dessas mutações do proselitismo-social-superficial. Quando o olhar de quem olha se insere na problemática daquilo que vê e ao mesmo tempo afirma a distância inerente que existe entre os termos, aí temos um verdadeiro campo de crise e portanto, de criação. Isso é o que eu acho -  o resto (que é tudo) é tateamento, descoberta & invenção.

Daniel Guerra

domingo, 28 de julio de 2013

Referências Fotográficas

Cartier-Bresson










PRIMEIRO EBÓ EM TERRA ESTRANHA

Essa é a primeira postagem que faço desde acá, Buenos Aires. Não vou traduzir tudo que escreverei aqui. Levaria um tempo enorme, a cada postagem. Deixarei isso a cargo do fluente portunhol dos visitantes deste site, hablantes curiosos de ambas as línguas, ou simplesmente por conta da boa vontade do nosso tradutor oficial de português-castellano, Gast, o Gastón (que também é o nosso Diretor de Sonido e muchas cosas más) traduzir depois para sua língua natal.

Este es el primer post que hago desde acá, Buenos Aires. No voy a traducir todo lo que voy a escribir acá. Llevaría un tiempo enorme, en cada posteo. Dejaré eso a cargo del fluente portunhol de los visitantes de éste sitio, hablantes curiosos de ambas lenguas  o simplemente por cuenta de la buena voluntad de nuestro traductor oficial de portugués-castellano, Gast o Gastón  (que también es nuestro Director de Sonido y muchas cosas más) traducir después para su lengua natal. 

Como vocês podem ver, aqui existem algumas páginas onde pode-se ter informações sobre a produção, a equipe e o curta-metragem em sí. Por isso, essa parte do site será reservada a delírios sem vergonha, filosofia de buteco e é claro, materiais que vão sendo colhidos ao decorrer da pesquisa de campo: pesquisa de locação, casting, textos inspiradores, etc.

Como ustedes pueden ver, aquí existen algunas páginas donde tienen información sobre la producción, el equipo y el cortometraje en si. Por eso, esta parte del sitio sera reservada a delirios sin verguenza, filosofía de cantina y claro, materiales que van siendo escogidos en el camino de la buscqueda de campo: busqueda de locación, casting, textos inspiradores, etc.

O negócio é botar o bloco na rua mesmo, porque a gente sabe o quanto se pena pra poder produzir um negócio verdadeiro, seja lá em que linguagem ou trans-linguagem que se faça. E já que demora tanto (pelo menos tanto quanto nossa mente inquieta poderia suportar - sempre é assim), a gente vai agenciando os próprios afetos aqui e vai acreditando que tudo está seguindo seus caminhos, por vielas escondidas e ruas trincadas que só deuses e diabos e afins tem acesso).

El negocio es tirarnos a la calle misma, porque sabemos cuanto se apena uno para poder producir un negocio verdadero, sea en cualquier lenguaje o trans-lenguaje en que se haga.  Y ya que se demora tanto (por lo menos lo que nuestra mente inquieta podría soportar - siempre es así), vamos agenciando los propios afectos acá y acreditando todo lo que estamos siguiendo en nuestros caminos, por callejones escondidos y calles trinadas en que solo dioses y diablos y afines acceden). 

Nas ruas de Buenos Aires sinto que tem muita coisa pra acontecer. Muita coisa pra acordar, coisas dormidas a anos e anos. Outras fazem o contrário: nos acordam o tempo todo. Fantasmas, é só neles que tenho acreditado. Não desses que vendem em filmes feito brinquedo pra adolescente. Fantasmas de verdade, esses que formam todo o conjunto do que chamamos REALIDADE.

En las calles de Buenos Aires siento que hay muchas cosas por acontecer. Mucha cosa para recordar, cosas dormidas hace años y años. Otras hacen lo contrario: nos recuerdan todo el tiempo. Fantasmas, es solo en ellos que creo. No esos que venden en películas hechos juguetes para adolescentes. Fantasmas de verdad, esos que forman todo el conjunto que llamamos REALIDAD.

Portanto 
INAUGURADO
esse meu novo EBÓ
Por lo tanto,
INAUGURADO
esta mi nueva ofrenda.
e de roberto, gastón, álvaro
e nátalin
que já tão na linha de frente há um tempo
"botando fé", coragem
suor e tempo
nessa empreitada
y de roberto, gastón, álvaro
y nátalin
que ya están en el frente hace un tiempo
"teniendo fé", corage
sudor y tiempo
en este empleo
e já que chamei Nomes,
chamo outros 
que aí já arria logo tudo 
no primeiro umbral
e fica tudo bem
sacralizado
y ya que llamé Nombres,
llamo otros
que ahí ya arría luego todo
en el primer umbral
y queda todo bien
sacralizado
Aos meus fantasmas mais
sussurrantes
pero nunca mortos
mas muito pelo contrário
totus dias vivendis
A mis fantasmas más
susurrantes
pero nunca muertos
mas muy por el contrario
todos los días viviendo
olga
raiça
felipe 
ci
camilla
liliana


vamo-que-vamo

daniel guerra